Texto (In)Pessoal

Há em mim a rigidez típica de quem espera do mundo tudo aquilo que ele não tem para nos oferecer... 
Sou de ideias fixas, quando traço uma meta, um objectivo, um plano, não me canso nem desisto enquanto não me sentir satisfeita, faço-o com quase tudo. A nível profissional empenho-me, dou o melhor que posso e tenho, não admito falhas e quando me sinto quebrar sou rígida, chegando ao ponto de ser cruel. Não me interessam as olheiras, o cansaço de um corpo que sendo meu pede que me deite, não me importam os outros, porque eles deixam de existir, o meu foco é sempre o meu objectivo...
Só no amor isso não me acontece, se calhar, nunca amei realmente ou então fi-lo mas a entrega foi de tal forma vã que nada me prende, nada me detém e o meu olhar para o campo emocional tornou-se calculista e gelado. Diz quem sabe que ninguém vive sem amor, que o carinho a atenção e o mimo são essenciais para que nos possamos tornar boas pessoas... Conheço tantos casais que o apregoam; não acredito em nenhum deles, não me revejo em nada do que me contam, em nada daquilo que por força querem que pareça real... No amor, a minha realidade é outra. Amo os meus amigos, amo as pessoas que se entregam e dedicam sem que lhes seja cobrado. Dão deles porque é das suas essências dá-lo e eu gosto assim, sem tempo, sem conta, sem medida... Esperar tudo não esperando nada e, por isso, o Meu Amor são todos eles, sejam eles quem forem. E eu amo-os!
Desta vez, nem o amor nem o mundo me vão demover, porque eu acredito e isso basta-me!

Comentários

Briseis disse…
O amor tem muitas medidas, muitas formas e muitas faces...lá por não sabermos ver ou não acreditarmos na que toda a gente vive, não quer dizer que não tenhamos um à nossa medida...

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