Mensagens

Dia 1 do primeiro mês do ano de 2018. Quase inconscientemente, ao final de 19 horas, deste primeiro dia, já foram tomadas decisões que vão condicionar a minha vida.  Bom ou mau, ninguém sabe, mas o carrossel já partiu. Será uma longa e intensa viagem. Estão preparados?!
Passam as horas, os dias, as semanas, os meses... Passa o tempo por mim e eu por ele. Pisco-lhe o olho, agora com alguma cautela; o meu coração bate agora fora do corpo, tem quase 8 meses, 2 dentinhos e um sorriso que ilumina todos os dias que se querem fazer negros... As duas, vamos caminhando devagar. A vida, essa, ainda agora começou!
Outra vez e sempre... O tal sentimento que cresce e faz gostar, o mesmo que causa arrepios e estremece o corpo e a alma. Ela sabe onde tudo isto a vai levar... Ele finge que não vê. A segurança do sentir acima de tudo...
Eras tu... Foste sempre tu a ocupar-me o pensamento. Decorrem os dias e eu fixada em ti, tento pensar-te como eras, como foste um dia, sabes aquele teu lado genuíno que talvez apenas eu conheça e por isso me seja tão difícil deixar-te ir....  Talvez devesse arrumar-te de vez, mas quando quase consigo olho em frente e vejo-te, desta vez inesperadamente, tal como eu sabia que viria a acontecer... Os joelhos cederam e o cérebro parou, o nosso olhar fixo mostrou-me o que sempre soube: seremos para sempre um do outro.
No final daquele dia ocupou o mesmo lugar de sempre na sua sala solitária. Tudo o que havia era silêncio. O sol, que se tinha escondido nos últimos dias, brilhava. Na rua, uma imensidão de oportunidades. Estava tudo no percurso certo, a Primavera começava a despertar... Olhou em volta. Apesar de todos os móveis ainda existiam muitos espaços vazios, sobretudo no seu coração. Nela não existia tristeza ou arrependimento, mas o suspiro começava a tornar-se pesado... Questionava-se insistentemente sobre quais os motivos que a teriam levado a revelar-lhe parte da sua vida e até que ponto não estava arrependida de o ter feito.
E se pudesse pegava em ti e levava-te ao interior do meu mundo. Não que ele tenha algo de extraordinário e seja diferente, não o é, mas é a única coisa que tenho de realmente minha e pode ser que valha a pena conhecer!
«-O que me darias - pergunto, com voz trémula - para me fazer esquecer... que te esqueceste de mim?»