«...Se quiser ter a bondade de confiar em mim, talvez acabe por acreditar no que lhe vou dizer, e isso é muito importante, porque sem o saber é a única pessoa no mundo com quem eu posso partilhar este segredo»
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Espalhas no chão tudo o que de mim te restou. Já não é muito, é quase nada, mas serve-te e, enquanto fores capaz, irei ter-te a pisar-me a alma; todos os dias!
Aproveita a areia da praia a introduz a cabeça da areia, tal e qual uma avestruz.
Aproveita e escava um túnel bem profundo, de onde jamais possas sair, acomoda-te, aproveita o silêncio e a escuridão. Apenas assim te será permitida uma fuga, porque ninguém terá vontade de te seguir, no entanto, não esqueças: O que sentimos no peito (e na mente) permanece connosco, e não dá lugar ao fingimento, por isso, continua de cabeça enterrada na areia, com o corpo submerso no túnel escuro... Finge a felicidade, o sorriso e a luz, vive do fingimento dos dias em que acreditas...
Se quiseres, empresto-te uma lanterna!
Para a Fábrica de Letras
Dizer-te que o mundo é mais cinzento que belo e obrigar-te a ouvir as palavras sábias de um qualquer idoso sentado no banco do jardim, por onde te passeias... Pegar a tua mão e segredar-te ao ouvido que não é estúpido o que se escreve em cartas, mas que pode ser cruel não as saber interpretar... Fitar os teus olhos e fixar um horizonte de promessas e futuros falhados... Contar-te os meus planos, a minha vida, as minhas lágrimas... Expor o coração ao mais ínfimo pormenor e ainda assim voltar para casa com ele dentro do peito... Fazer as malas, retocar a maquilhagem, vestir uma roupa bonita, sentir confiança e ainda assim sair para a rua e fugir de mãos vazias!
Texto para a Fábrica de Letras (Agosto)
Das férias ficam as emoções fortes e os sorrisos, fica a pele castanha e o novo visual, ficam as lágrimas e as despedidas... Por agora é tempo de fazer as malas e regressar a casa, fazer limpezas e deitar fora o que é antigo e demasiado pesado para carregar nas malas e na alma... É tempo de voltar, de dar inicio a uma nova batalha, a última da vida académica. Deste mês e meio que passou ficam as certezas e os desejos, em breve virá a luta e os frutos de todo o esforço... O momento é agora... Está quase... Não importa o resto, estou orgulhosa de mim!
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