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A mostrar mensagens de agosto, 2011

Fuga

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Dizer-te que o mundo é mais cinzento que belo e obrigar-te a ouvir as palavras sábias de um qualquer idoso sentado no banco do jardim, por onde te passeias... Pegar a tua mão e segredar-te ao ouvido que não é estúpido o que se escreve em cartas, mas que pode ser cruel não as saber interpretar... Fitar os teus olhos e fixar um horizonte de promessas e futuros falhados... Contar-te os meus planos, a minha vida, as minhas lágrimas... Expor o coração ao mais ínfimo pormenor e ainda assim voltar para casa com ele dentro do peito... Fazer as malas, retocar a maquilhagem, vestir uma roupa bonita, sentir confiança e ainda assim sair para a rua e fugir de mãos vazias! Texto para a Fábrica de Letras (Agosto)

Estilhaços

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Quando algo se quebra, podemos tapar o sol com a peneira e optar por viver no silêncio dos dias, como se nada mais importasse, no entanto o balão, de muito cheio, pode estoirar e quando isso acontece os estilhaços cortam-nos a alma e a voz... Choramos, lavamos a alma, mas o sentimento e a solidão tornam-se permanentes matando-nos aos poucos, a cada respirar... Um dia, quando era pequena, julgava que os grandes não choravam, cresci a pensar e a acreditar piamente no meu erro: os grandes choram, choram sempre mais que as crianças... Choram mais e falam menos... A dor permanece no silêncio e o olhar pode ser triste, magoado... O mundo pode tornar-se um lugar estanho... Pode-se perder o sentido... Ainda tenho o meu traço, pouco firme e pouco vincado, no entanto, é o rumo que quero seguir... Vou com cuidado, para que não fique com mais feridas (ainda que sejam exteriores, ainda que se vejam apenas nos pés), o caminhar terá que ser, de hoje em diante, cauteloso... Já sou grande e os grand

(Re)Começar

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Ela tinha no olhar a verdade e na boca o desejo de verbalizar o infinito do sentimento... No coração apenas a certeza de que o silêncio, seria a melhor opção, sempre!